Métodos de Aterramento em Sistemas de Potência

O aterramento desempenha um papel crucial na segurança e eficiência dos sistemas elétricos. Ele proporciona um caminho de baixa resistência para a corrente elétrica fluir para a terra, protegendo assim equipamentos, edificações e, principalmente, as pessoas.

 

Ao conectar os componentes elétricos a uma referência de terra, o aterramento evita o acúmulo de cargas indesejadas e minimiza o risco de choques elétricos.

Além da segurança, o aterramento também desempenha um papel vital na estabilidade do sistema. Ele reduz a interferência eletromagnética, ajudando a prevenir falhas nos equipamentos sensíveis. Em sistemas industriais, o aterramento adequado é essencial para garantir um funcionamento confiável, evitando danos causados por surtos de tensão e descargas atmosféricas.

 

Atualmente, existem cinco tipos de métodos de aterramento, sendo eles

Figura 1: Aterramento efetivo ou sólido

·        Nenhuma conexão intencional à terra;

·        As capacitâncias das fases para terra e a resistência de falta limitam a corrente de falta à terra;

·        O sistema pode permanecer operacional durante faltas à terra;

·        Faltas à terra podem causar altas sobretensões transitórias.

 

Figura 2: Solidamente aterrado

 

·        Todos os neutros estão conectados diretamente à terra (ou a maioria);

·        Aterramentos de ponto único e multiponto;

·        Altas correntes de falta à terra. O disparo do disjuntor sempre é necessário;

·        Baixo risco de sobretensão durante faltas à terra.

Figura 3: Aterramento de baixa impedância

·        O resistor ou o reator de baixa impedância reduz o estresse térmico dos equipamentos;

·        Correntes de falta à terra limitada a centenas de amperes. O disparo do disjuntor é necessário;

·        Baixo risco de sobretensão durante faltas à terra;

·        Amplamente utilizado em sistemas de potência industriais.

 

Figura 4: Aterramento de alta resistência

·        O resistor de alta impedância limita a corrente de falta à terra a 15 A ou menos;

·        O sistema pode permanecer operacional durante faltas à terra;

·        Baixo risco de sobretensões transitórias;

·        Exigi detecção sensível de falta à terra.

Figura 5: Aterramento Ressonante

·        Reator variável ajustado à capacitância total do sistema (bobina de Petersen);

·        Corrente de falta à terra de 3 a 10% em relação a um sistema semelhante não aterrado;

·        O sistema pode permanecer operacional durante faltas à terra;

·        Baixo risco de sobretensões transitórias;

·        A maioria das faltas temporárias à terra se auto-extinguem;

·        Exige detecção mais sensível de falta à terra;

 

A seleção do método de aterramento em sistemas de potência é crucial para garantir a segurança, estabilidade e confiabilidade operacional. A variedade de opções oferece soluções distintas para diferentes cenários. Desde a prevenção de choques elétricos até a minimização de sobretensões transitórias, cada método possui suas vantagens e considerações específicas. A escolha adequada depende das necessidades particulares do sistema elétrico em questão. Em resumo, a compreensão e aplicação adequada dos métodos de aterramento são essenciais para assegurar a eficiência e proteção dos equipamentos, estruturas e, principalmente, das pessoas envolvidas.

 

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